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    Conta Juriatã que a Inteligência Original do Creador¹, aparentemente silenciosa e contemplativa, subitamente articulou uma reflexão sobre a Sua Própria Natureza, na intenção de mergulhar na profunda Consciência de Si Mesma.

Com essa reflexão a Divindade rompe então seu silêncio meditativo gerando no lugar uma explosão espiral de manifestação. O insight da Mente Divina surge como uma fagulha incandescente que desencadeia uma reação em cascata que se expande, por sua vez, na forma de Som e Luz. A voz do Creador irrompe o silêncio da eternidade revelando-se através do Verbo Divino.

    Assim, a creação do Universo emana unicamente do Verbo e conta-nos Juriatã que isso acontece a partir da pronúncia do Nome Sagrado de D’us pelo Próprio D’us, posto que Seu Nome é a Natureza do Verbo e não emana de nenhuma outra origem.

 

      “A creação do universo acontece a partir da pronúncia do Nome Sagrado de D’us. Entretanto, não se trata nem mesmo do mais sagrado dentre todos que podem ser pronunciados pelas creaturas da obra. O Nome que crea é a natureza do próprio Verbo e não emana de nenhuma outra fonte a não ser de D’us. O universo então se faz existir pela reverberação do Nome de D’us que emana do Verbo, que é D’us, porque o próprio nome é Ser e então, por Ser, se faz e por fim, Está. Quando então Está se torna a existência no espaço.”

                                                                                                                                                                                                                                                         Juriatã

 

     

Havendo sido gerados os diversos planos da creação, permanece então no centro do universo o Trono de D´us, cercado pelos Serafim e guardado pelos Kerubim, igualmente no centro do Templo imaterial da Cidade Sagrada, sede da Consciência Cósmica, umbigo do universo, em torno da qual passa a orbitar o restante da existência.

    Conta ainda Juriatã que, havendo dito Seu Nome, tal como a Unidade capaz de revelar Sua Face ao mundo, o Creador passou a falar de seus Divinos Atributos, que são dez, precedidos da fórmula “Eu Sou”.

 

     “E para cada atributo pronunciado revela-se um aspecto de existir, que elevado a Divina Potência termina por gerar uma cascata infinita de manifestações, caminhando em espiral para o adensamento extremo da idéia emanada do Verbo. Ritmicamente então a creação pulsa, flui e reflui pelos canais da existência.”

                                                                                                                                                                                                                                                        Juriatã

 

         Finalmente, em meio a tudo isso, D’us crea ainda três raças originais de seres que para habitar o universo creado: a Raça Angélica, que constitui o Reino da Emanação da Divindade; a Raça Elemental, revelada no Reino da Sustentação, que mantém a estrutura manifestada do universo; e a Raça Crística, constituindo o Reino da Evolução, onde estão os seres humanos, cuja a capacidade de aprofundamento da Consciência revela o objetivo último da própria creação do universo.

 

(¹)  A grafia "crear" ocorre entre os séculos XVII e XIX, usada como distinção entre "criar", no sentido de alimentar, educar, fazer crescer (pessoas, animais, plantas); e "crear", significando gerar à partir do Nada, como faz D´us.

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